DEBATES DE PRAÇAS

Esse espaço é dedicado a todos que lutam no dia-dia para manter com o sacrifícil da própria vida essa nação, mesmo não reconhecidos pelos esforços concedidos e da marcha em busca dos direitos que lhes são negados.

Parnaíba PI

21.12.08

E ASSIM O CRIME CONTINUA...

O Brasil vive tempos de tranqüilidade política; as instituições estão funcionando com normalidades os políticos orgulham-se de serem promotores da Democracia e do bem estar social, pelo menos na intenção. Até ai tudo bem. Para quem analisa as situações atuais superficialmente parece estarmos indo num bom caminho.

Mas se observarmos mais a fundo, nas entranhas do tecido social brasileiro, pode-se notar presença de aberrações sociais terríveis.

Ultimamente o noticiário da imprensa nacional destacou situações no mínimo absurdas para um país que deseja se colocar entre os maiores do mundo em importância tal qual como é pelo seu povo, sua riqueza e a dimensão que ocupa no cenário mundial.

É sabido que o crime, desde os primórdios da humanidade, é uma chaga difícil de sanar em qualquer sociedade, quer mais desenvolvida ou não; cada país tem seus próprios instrumentos para lidar com esse mal e como uma grande nação civilizada o Brasil também tem os seus meios institucionais para tal, no entanto ultimamente, sua eficácia deixa muito a desejar.

A política de combate a criminalidade no Brasil, dos últimos tempos, nas suas decisões, estar diretamente ligada a um ressentimento dos políticos atuais, que passaram pelo período ditatorial a vinte e três anos atrás. Enquanto a criminalidade impera em todos os Estados as grandes autoridades que estão á frente do poder e das instituições, com suas mentalidades, insistem em combatê-lo com leis cada vez mais brandas e com uma infinidade de benefícios para o criminoso preso, sob o argumento de que leis mais rigorosas lembram os tempos do regime militar e que o criminoso preso revoltado com a sua condição fica mais difícil ser recuperado; essa última é um pensamento geral dos intelectualizados.

Resultado, com as operações da Polícia Federal, do IBAMA e da Força Nacional no interior do país, foi possível descobrir cidades inteiras que nasceram, desenvolveram-se e vivem do crime como as pequenas cidades de Paragominas e Tailândia no Pará, que tem a base da sua economia na extração de madeira de forma ilegal e na intensa grilagem de terras. Seus habitantes; muitos analfabetos, alheio a situação são empregados do crime e trabalham como se o que fazem fosse normal. Vítimas duas vezes porque não sabem que o que fazem é crime e são usados para fazer protestos, como se direito tivessem, induzidos, quando seus patrões, os donos das madeireiras inlegais, são descobertos para responder na justiça pelos seus crimes. E usam o argumento de empregadores para sensibilizar e pressionar as autoridades, que não conseguem mantê-los presos, muito menos parar o delito que cometem. Isso sem citar muitos outros casos como o tráfico que corre solto nas grandes capitais, principalmente no Rio de Janeiro.

É um sinal de que tem alguma coisa errada na administração do nosso querido país. Bonança demais para quem é fora da lei em detrimento dos bons cidadãos. Isso são sintomas de uma crise de autoridade do Estado brasileiro, que ainda não conseguiu entender que Democracia é o direito do cidadão a liberdade para a convivência social harmoniosa e não para a tolerância desmedida para com o crime.

Para complicar ainda mais, Brasil é um país onde as leis são feitas com um propósito e os senhores magistrados interpretam e aplicam de outro, de acordo com suas convicções e tendências pessoais. É um país onde os profissionais do direito, que são advogados formados para defender seus clientes perante a justiça, se sentem no direito e conseguem sem nenhum impedimento legal colaborar e até promover fugas de criminosos-clientes seus, da obrigação de responder perante a justiça, com o pleno conhecimento público e institucional e ainda impõe condições para apresentá-lo diante da lei. Legal ou não, não é a questão, mas é nojento.

Com a mentalidade atual, tolerância cem por cento, criada pelos intelectuais e divulgada pela mídia, ninguém mais é culpado diretamente pelos seus crimes, dizem ser motivados pelo sistema social e os criminosos conscientes dessa desculpa não admitem arrependimentos dos seus atos criminosos, alguns até acreditam abertamente, por maior que seja o crime praticado, que são mais vítimas do que culpados. Nesse sentido, senhores, não importando que tipo de delito, a inversão de valores foi completada, e o culpa dos criminosos delinqüir vai para a sociedade, tornando-a vítima duas vezes, por sofrer a agressão e ainda ficar com a culpa de criara monstros. Existe aberração social pior?

Enquanto isso, uma cadeia de irresponsabilidade se mantém ativa na segurança pública. Os secretários de Estados empurram com a barriga os problemas, sem estabelecer solução, para os comandantes gerais, que joga para os comandantes de batalhões e tudo cai na cabeça dos praças, os homens que estão nas ruas, na base da pirâmide hierárquica, são os que menos tem poder para mudar alguma coisa, no entanto são os primeiros responsabilizados pela ineficiência do Estado. Esses homens são empurrados para dentro do fogo e tem que se virar para não se queimar.

Enquanto isso não se reverte à consciência da ilegalidade, em muitas situações se confunde com a legalidade tamanha falta de diferença dispensada pelo Estado entre o criminoso e o cidadão de bem no que diz respeito ao tratamento da lei. O homem criminoso é uma pessoa como outra qualquer com devida capacidade intelectual, moral e mental definida, portanto consciente das suas obrigações, como cidadão, no entanto as autoridades de gabinete insistem em tratá-lo como se fossem incapazes vítimas de um sistema.

Ora, senhores ser bom é uma coisa, mais ignorar a capacidade humana de pessoas inteligentes, que não hesitam demonstrar essa capacidade na hora de praticar o mal, e tratá-lo como se fossem pobres coitados, ta mais para ingenuidade do que para bondade. Criminoso não são pessoas incapazes, como os seus defensores tentam fazer parecer. É uma pena que as autoridades caíram nessa e ainda não despertaram. “AVANTEBRASIL”.




FÉ E LUTA.