DEBATES DE PRAÇAS

Esse espaço é dedicado a todos que lutam no dia-dia para manter com o sacrifícil da própria vida essa nação, mesmo não reconhecidos pelos esforços concedidos e da marcha em busca dos direitos que lhes são negados.

Parnaíba PI

27.8.08

OS PRAÇAS SÃO CIDADÃOS?



Há certo tempo convencionou-se as grandes autoridades, quando em discursos públicos, se referir aos praças das Polícias Militares chamando-os de cidadãos. Reforçam a idéia de que os praças são tratados iguais a qualquer outro cidadão, e por incrível que pareça essas inverdades são aceitas, ninguém ousa desdizer.

Cidadãos de fato e de direito são as pessoas possuidoras de direito a liberdade para expressar esse direito com dignidade á cidadania dos seus atos como pessoa pertencente uma sociedade livre. Esse direito a liberdade obrigatoriamente tem que ser observado no dia a dia na prática da dignidade humana.

Senhores, quando um policial militar, praça, experimentou essas garantias explicitadas acima profissionalmente? Será que esqueceram que o policial militar vive sob o regime militar, que não permite liberdade de expressão, manifestação e até privação de pensamento.

Como um policial militar pode ser considerado um cidadão sem ter o direito às prerrogativas essenciais à cidadania?

Há uma tentativa de fazer os praças pensarem serem cidadãos, sem serem e transformar isso numa falsa verdade?

Anda circulando por ai no meio civil uma mentalidade de que os praças das Policias Militares já conquistaram o direito pleno a cidadania e são bem tratados dentro dos quartéis, onde poucos são os que sabem realmente o que acontecem. Lamentavelmente, de acordo com a realidade atual, os praças das Polícias Militares não possuem nenhum direito suficiente que possam ser identificados como cidadão de fato. Isso não vai ser possível enquanto não for modificado ou substituído os estatutos e regulamentos disciplinares das corporações policiais militares.

Para reivindicar direitos primeiro o policial militar precisa conquistar o direito de ter direito, o direito de ser realmente um cidadão.

Essas modificações são urgentes, só lamento que a movimentação entre quem sofre, os próprios praças, sejam muito tímida e as associações são muito diplomáticas no trato da questão e pouco práticas nas atitudes.

Seria preciso uma pressão de baixo para cima, pois se depender dos que estão no topo as transformações serão muito lenta. Deveria existir um maior entrosamento entre as associações de praças em todo o Brasil para se fortalecerem.

Sem falar na má vontade de quem tem poder para promover mudanças na estrutura jurídica das corporações, mais preferem elogiar os que são prejudicados e tentar fazer acreditarem que são o que não são. Enquanto isso estão tratando os praças das Polícias Militares com desdém e uma desproporcionalidade enorme da importância da função que exercem. “AVANTEBRASIL.”


"O BOM PROFISSIONAL MALTRATADO É UM PROFISSIONAL INSATISFEIT".

5.8.08

QUARTÉIS ABANDONADOS


O AUMENTO DO CRIME NOS ÚLTIMOS TEMPOS ESTAR CAUSANDO REAÇÕES EM VÁRIOS SETORES DA SOCIEDADE, COMO DEVE SER, MUITAS INSTITUIÇÕES SE POSICIONAM SOBRE O ASSUNTO E EMITE PONTOS DE VISTA DIVERSOS, UM DESSES PONTOS DE VISTA QUE SE CONSOLIDOU, INCLUSIVE, JÁ VIROU CHAVÃO É A IDÉIA DE QUE A SOLUÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA ESTAR CONDICIONADA AO MÁXIMO POSSÍVEL DE POLICIAIS NAS RUAS.

É um ponto de vista equivocado, apesar de justo para a população que não sabe mais o que fazer, mas esse sentimento transformou-se na exigência principal atual, difundido pela mídia e para complicar os secretários de segurança e os comandantes que se sucedem tentam cumprir a risca esse apelo, sem nenhum estudo ou plano estratégico, e esvaziaram os quartéis para atender ao pedido do povo, que exigem “mais policiais nas ruas”.

A tentativa de solucionar o problema, nesse sentido, gerou outro tão grave quanto o primeiro. Conseqüência disso, hoje nos quartéis da Polícia Militar do Piauí, praticamente não existe mais a guarda do quartel, tão necessária quanto os homens nas ruas, pois quem não estar preparado para fazer sua própria segurança, como pode fazer dos outros? Cito como exemplo o 2º BPM da cidade de Parnaíba onde a guarda se resume em quatro homens, contando com o graduado cmt da guarda, os quais também são usados no serviço de ordenança e missões diversas que por diversas vezes tem que sair das instalações do quartel, até para fazer mandado particular de oficiais, sem falar que não existe nenhum treinamento para o caso de uma emergência. Isso estar acontecendo, há muito tempo, em todos os batalhões e companhias em todo o Estado do Piauí. Tanto na capital como no interior as instalações da Polícia Militar estão desprotegidas com a quase total falta de segurança interna o que torna a instituição frágil para fazer a segurança da sociedade, porque suas bases estão desprotegidas, isso demonstra a falta de planejamento, sem contar o risco iminente que passam os profissionais que trabalham internamente nos serviços burocráticos da corporação. Não é a toa que isso é um problema muito maior do que se pensa, pois há casos terríveis de invasão de quartéis, no Estado do Piauí, por quadrilhas armadas, inclusive com morte de oficial, mesmo assim não alertou a cúpula da Polícia Militar para esse problema.

A insegurança não é exclusividade do cidadão comum, os próprios policiais também estão à mercê do mesmo problema por falta de decisões estratégicas de quem comanda a segurança pública. “AVANTEBRASIL”.



“O BOM PROFISSIONAL MALTRATADO É UM PROFISSIONAL INSATISFEIT”.