DEBATES DE PRAÇAS

Esse espaço é dedicado a todos que lutam no dia-dia para manter com o sacrifícil da própria vida essa nação, mesmo não reconhecidos pelos esforços concedidos e da marcha em busca dos direitos que lhes são negados.

Parnaíba PI

11.3.09

TERROR NA ESCALA DE SERVIÇO

No cenário geral da Polícia militar do Piauí muitos são os problemas que precisam de solução, mas um, que diz respeito aos direitos dos policiais militares praças, tem se mostrado grave e de urgente necessidade de resolução.

Para começar; na Polícia Militar do Piauí o relacionamento profissional entre Policiais Militares, praças, a instituição e o Estado, por mais que tentem fazer parecer, não caracteriza relação de empregado e empregador, pelo fato de não haver uma legislação do trabalho e folga ficando essa parte importante da vida dos praças, totalmente a mercê dos caprichos dos comandantes.

A ausência de uma legislação específica, para a carga horária de trabalho, faz esse relacionamento torna-se um verdadeiro tormento para os praças, que diante das dificuldades resultantes no dia-dia, não tem no que se apegar.

Nessa situação os comandantes se apegam a todo o tipo de artifícios para fazer parecer simpático suas ações aos olhos do público civil, nas atitudes tomadas no que diz respeito à escala, para demonstrar boa prestação de serviço a sociedade, com homens na rua, e com sacrifício de sangue no tocante aos direitos humanos dos praças que não existe, quando decretam por conta própria, sem observar a dignidade do homem, como necessidade de serviço qualquer evento extra fora da escala normal como futebol, cobrir a falta de alguém, cumprir ofícios com pedidos de policiamento que chegam de última hora. No litoral do Estado, na área do 2ª BPM; para os praças lotados na 1ª companhia de Parnaíba a aproximação de certas datas do ano representa verdadeiros tormentos como carnaval, festas juninas, férias de julho, natal e ano novo; quando a minguada folga de 24/48 horas é quebrada baseada unicamente na vontade pessoal do comandante para cumprir a demanda operacional, sem nenhum direito garantido, em contrapartida do sacrifício, como o pagamento de hora extra e a opção do voluntariado. Intencionalmente ou não, o sistema institucional estar montado assim, e a escala de serviço é transformada num monstro que não reconhece a dignidade de ninguém. Os praças são submetidos a serviços extras sem nenhuma consulta como se fossem autômatos. Total desrespeito aos profissionais que o governo, por razões eleitorais, comumente insiste em chamá-los de policiais cidadãos, como se os direitos de cidadania do policial militar praça fosse respeitado. Os praças do Piauí são os únicos cidadãos sem cidadania, inédito no mundo.

E diante dessa situação, dos praças da policia militar do Piauí, em pleno século 21, as autoridades não parecem nenhum pouco preocupadas com suas situações profissionais, se contentam a cobrar destes o cumprimento para com os criminosos, de direitos que lhes são negados. Lamentavelmente ainda não a nenhum debate no sentido de regulamentar a escala de serviço da Polícia Militar do Piauí. Ano 2009, mas a Polícia Militar do Piauí estar na idade da Pedra.

Nada será resolvido na segurança pública enquanto não atentarem que a boa polícia é o homem em estado de satisfação profissional e pessoal o que gera a vontade de cumprir, a todo modo, mesmo diante das dificuldades, a sua missão. “AVANTEBRASIL”.



“FÉ E LUTA”