DEBATES DE PRAÇAS

Esse espaço é dedicado a todos que lutam no dia-dia para manter com o sacrifícil da própria vida essa nação, mesmo não reconhecidos pelos esforços concedidos e da marcha em busca dos direitos que lhes são negados.

Parnaíba PI

31.5.09

UMA REALIDADE DESTORCIDA

ESCREVI ESSE TEXTO MAIÚSCULO PELA GRAVIDADE DO ASSUNTO EXPOSTO.


RECENTEMENTE FOI DIVULGADA PELA IMPRENSA A AQUISIÇÃO DE LIVROS DESTINADOS AS ESCOLAS DE NÍVEL PRIMÁRIO NO ESTADO DE SÃO PAULO. ESTRANHO É QUE O CONTEÚDO DESSES LIVROS EXIBE DISFARÇADO DE CONHECIMENTO EDUCACIONAL IMAGENS E TEXTOS MUITO COMPROMETEDORES.

AS IMAGENS CONTÊM CONOTAÇÃO ERÓTICA EXPLÍCITA E OS TEXTOS EXPRESSÃO DE INCENTIVO AO COMPORTAMENTO INADEQUADO COM ORIENTAÇÃO SEXUAL ALÉM DO RECOMENDADO ATÉ PARA ADULTOS QUE SE PRESAM, QUANTO MAIS PARA CRIANÇAS, PELA PRÓPRIA LINGUAGEM USADA, COMO (Nunca ame ninguém / Estupre). ESSA NÃO FOI A PRIMEIRA VEZ. JÁ HOUVE OUTROS CASOS SEMELHANTES; É A CULTURA DA DEPRAVAÇÃO TENTANDO ROMPER A BARREIRA DOS BONS CUSTUMES.

O RECOLHIMENTO DESSES LIVROS FOI UMA FORMA DO GOVERNO RECONHECER O ERRO, MAS PARA NÃO SER CONSIDERADO ABSURDO ISSO NÃO DEVIA SEQUER ACONTECER.

ORA, SENHORES, ISSO É UM ASSUNTO DE ARREPIAR PARA QUEM TEM O MÍNIMO DE BOM SENSO E VISÃO DA REALIDADE, MAS SE ANALISADO MAIS PROFUNDAMENTE ESSE PROBLEMA É MUITO MAIS GRAVE.

ORA, ESSE LIVRO FOI ESCOLHIDO POR PESSOAS DE DENTRO DA SECRETARIA DA EDUCAÇÃO OU PELO MENOS PASSOU PELO CRIVO DESSA INSTITUIÇÃO DO ESTADO. CERTISSIMAMENTE SÃO PESSOAS COM NÍVEL DE FORMAÇÃO SUPERIOR E ATÉ MESMO COMPROMENTIDA COM A BOA EDUCAÇÃO, MAS ASSIM O FIZERAM, POR QUÊ?

PODE HAVER A POSSIBILIDADE DE ALGUÉM TÊ-LO FEITO PARA BENEFICIAR ALGUMA EDITORA, OU ESCRITOR, OU SIMPLISMENTE POR ACHAR QUE O CONTEÚDO ERA ADEQUADO AO FIM PRETENDIDO. AS DUAS POSSIBILIDADES COMO MOTIVOS DÃO NUMA MESMA CONSEQUENCIA, E PODE SER ORIGINADA DE UM ÚNICO FATOR QUE POUCAS PESSOAS, ATUALMENTE, CONSEGUE PERCEBER, CHAMADA DE ‘MENTALIDADE MODERNA DIRECIONADA A VALORIZAÇÃO MÁXIMA DOS SENTIMENTOS EM DETRIMENTO DA RAZÃO E DO JUÍZO DE VALORES”.

VIVEMOS NUMA ÉPOCA DA HISTÓRIA EM QUE A MENTALIDADE LIBERAL PREGA O FIM DE QUALQUER TIPO DE CONTROLE E A LIBERALIZAÇÃO TOTAL DAS LIBERDADES INDIVIDUAIS E COLETIVAS JUSTIFICANDO QUALQUER ATITUDE QUE DER PRAZER, INCLUSIVE, AO PONTO DE CRIAR ARGUMENTOS ATIFICIAIS PARA JUSTIFICAR ATÉ OS PIORES CRIMES COMETIDO PELO HOMEM, DIZENDO QUE A CULPA É DA SOCIEDADE E O CRIMINOSO UMA VÍTIMA. A INVERSÃO DE VALORES AOS POUCOS TOMA CONTA DE TUDO SEM NOS DARMOS CONTA, ENQUANTO AS MENTALIDADES SÃO TANSFORMADAS E O QUE ONTEM ERA INACEITÁVEL AMANHÃ É ACEITO COM O ARGUMENTO DE QUE SÃO COISAS DA MODERNIDADE COMO SE TUDO QUE É MODERNO FOSSE CORRETO.

O HOMEM JÁ CAIU NA AMBÍGUIDADE DA SUA EXISTÊNCIA E NÃO SE DEU CONTA. O CITADO LIVRO ADQUERIDO PELA SECRETARIA DA EDOCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO PARA AS CRIANÇAS DAS ESCOLAS PRIMÁRIAS PODE SER UMA CONSEQÜÊNCIA DISSO. AS PESSOAS QUE INDICARAM TALVÉZ NÃO TIVESSEM MÁ INTENÇÃO, BASTA OBSERVAR A REALIDADE, HOJE; O QUE VEMOS? O SER HUMANO ESTAR CONSTRUÍDO UMA REALIDADE E DEIXANDO SE CONDUZIR NELA E SE ASSUSTA QUANDO SE DEPARA COM SUA PRÓPRIA OBRA.

É SABIDO QUE A EDUCAÇÃO SEXUAL NO BRASIL EM MUITAS ESCOLAS É DADA POR PROFESSORES COMPLETAMENTE IMCOMPETENTES E O CONTEÚDO POR SER DE DELICADO TRATO, SEM ALGUÉM A ALTURA NA SALA A AULA SE TRANSFORMA NUMA VERDADERA ALGASARRA E BRINCADEIRAS DIANTE DE UM ASSUNTO SÉRIO. MUITAS ESCOLAS SEM ESTRUTURA ALGUMA UITLIZAM VIBRADORES COMPRADOS EM SEXICHOP PARA ENSINAR MENINAS E MENINOS COMO USAREM CAMISINHA. ISSO ACONTECE NUM CENÁRIO SOCIAL ONDE AS MENINAS SÃO INCENTIVADAS PERDEREM A VINGIDADE PARA NÃO SE SENTIREM DIFERENTES DOS MENINOS. ISSO É UMA COMBINAÇÃO EXPLOSIVA QUE ACONTECE NOS LARES E NAS ESCOLAS. E O GOVERNO EM CONTRAPARTIDA, NUM IMENSO PARADOXO DIANTE DAS SUAS POLÍTICAS IRRESPONSÁVEIS DIZ ESTAR COMBATENDO A PROSTITUIÇÃO INFANTIL.

MUITAS MÚSICAS ATUAIS, CHAMADAS DE OBRAS DE ARTE FAZEM APOLOGIA A VIOLÊNCIA, BANALISA O SEXO E INCENTIVA O USO DE DROGAS, DESCARADAMENTE. AS CHAMADAS MÚSICAS DE CABARÉ, QUE TEMPOS ATRÁS SÓ ERAM TOCADAS EM ZONAS DE BAIXO MERITRÍCIO, HOJE SÃO OUVIDAS DE BOM GRADO DENTRO DOS LARES, JUNTO DA FAMÍLIA BRASILEIRA. É O CONDICIONAMENTO FORÇADO DE UMA SOCIEDADE EM DIREÇÃO A PROMISCUIDADE E A DEPRAVAÇÃO.

O LIVRO CHAMOU ATENÇÃO E PROVOCOU A REPUGNAÇÃO DAS AUTORIDADES E SOCIEDADE, MAS MESMO ASSIM NÃO DESPERTARAM PARA O FATO DE QUE A QUESTÃO EM FOCO É “NADA MAIS NADA MENOS” DO QUE O SINTOMA DO CONTEXTO SOCIAL QUE VIVENCIAMOS. ESTAMOS VIVENDO NUMA SOCIEDADE SEM LIMITES, ONDE A LIBERDADE ESTAR SENDO USADA DE MODO IRRESPONSÁVEL, OS INTELECTUAIS E OS MANDATÁRIOS DA MÍDIA QUE SÃO OS FORMADORES DE OPINIÃO INSISTEM LANÇAR LIXO NO SEIO DA SOCIEDADE INFLUENCIANDO NEGATIVAMENTE O CONVÍVIO ENTRE AS PESSOAS DE BEM. A LIBERDADE É UM PODER; SE NÃO ESTIVER PREPARADO PARA ADMINISTRÁ-LO E DOMINÁ-LO POR ELA SERÁ DOMINADO E DESTRUÍDO.

SEJA QUEM FOI E O MOTIVO QUE LEVOU ESCOLHER ESSE LIVRO, ISSO SÓ ACONTECE QUANDO ALGUÉM ACREDITA QUE O ASSUNTO APRESENTADO POSSA PASSAR DESPERCEBIDO, MAS A POSSIBILIDADE DE UM ASSUNTO APRESENTADO DESSA MENAIRA PASSAR DESPERCEBIDO SÓ PODE ACONTECER QUANDO A SOCIEDADE JÁ SE ENCONTRA NUM NÍVEL PRECÁRIO DE COMPROMETIMENTO COM A MORALIDADE. VENDO MELHOR, AS ESCOLHA DO LIVRO E AS COISAS DA REALIDADE ATUAL NÃO ESTÃO TÃO DISTANTE QUANTO PARECE É UMA PENA QUE NÃO PASSOU DO SUSTO E NÃO PROVOCOU DEBATES MAIS APROFUNDADOS SOBRE O QUE ESTAR ACONTECENDO NA TRANSFORMAÇÃO PELA QUAL PASSA A SOCIEDADE.

ORA, SENHORES ANALISANDO ESSE TIPO DE COISAS QUAL A DIFERANÇA DO CONTEÚDO PERICULOSO DO LIVRO ADQUERIDO PELA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E AS INFORMAÇÕES DEPRAVADAS QUE ESTÃO NA MÍDIA TODO O DIA E JÁ COMEÇA FAZER PARTE DA MENTALIDADE DAS PESSOAS COMO COISAS NORMAIS. O NOSSO UNIVERSO SOCIAL, ATUAL ESTAR REPLETO DE MAUS EXEMPLOS TIDOS COMO ACEITÁVEIS EM NOME DA LIBERDADE IRRESPONSÁVEL E NÃO HÁ LUZ NO FIM DO TUNEL. “AVANTEBRSIL”.


“FÉ E LUTA”.

21.5.09

DISPUTA DE PODER

Além do confronto direto polícia contra o crime instigado pelo aumento crescente da violência, há também o confronto com o objetivo da conquista da confiança pública por parte dos criminosos. Isso revela, na segurança pública, uma situação atual aterradora: a disputa pelas organizações criminosas do controle social dos locais onde se originam.

Certa vez, há não muito tempo, um especialista de segurança pública declarou na imprensa, de acordo com suas observações, que as organizações do tráfico de drogas no Brasil, não almejam poder, e que seus objetivos são puramente financeiros.

Ora senhores; é sabido que o homem é um ser racional em movimentos constantes de interesses, sempre em busca do além do que tem. Quando o homem conquista o que possui passa buscar outros horizontes. Isso é natural do ser humano e funciona em todos os sentidos da vida. O criminoso não é diferente.

As organizações criminosas que já consolidaram certo nível financeiro vêem o poder como algo possível, uma possibilidade de acesso tentador.

No Brasil algumas quadrilhas criminosas organizadas, que normalmente se encontram nas periferias das grandes cidades, já chegaram a esse estágio de existência. Agora além do lucro com o crime, lutam para terem poder político dentro das comunidades carentes.

A estratégia usada é a aparente solidariedade dos criminosos concedendo benefícios sociais, como cestas básicas, quitação de água e energia e até condução de pessoas doentes para hospitais, dentro da lacuna vazia deixada pelo Estado. Os perfis desses criminosos se caracterizam por serem indivíduos informados, uma possível mutação das lideranças do crime; diferente dos criminosos que a polícia se acostumou lidar.

O resultado dessa política de autoproteção e enfrentamento ousado do criminoso para com o Estado, além das armas, usando o cidadão ignorante como massa de manobra é o reconhecimento destes criminosos como pessoas de bem pelas pessoas de pouco discernimento que tendem para o poder de quem estar mais próximo. É interessante observar que o mesmo traficante dentro da sua comunidade é visto diferentemente quando nos bairros distantes. Enquanto fora das comunidades em que atua são tidos como homens perigosíssimos, na sua comunidade, a maioria das vezes é apenas o filho da dona Francisca, o filho do seu Raimundo, o sobrinho da fulana de tal.

A falada aproximação da Polícia Militar e sociedade é uma tímida reação do Estado no que diz respeito essa questão. Mas esbarra num problema da própria Polícia Militar.

A Polícia Militar, principalmente dos Estados menores economicamente tem mais dificuldades na implantação desse plano pela própria cultura militarista ainda muito forte. Em geral é sabido que é assim em todos os Estados, mais ou menos em nível de gravidade.

A aproximação da Polícia Militar e a sociedade no Brasil é uma questão que estar além da simples vontade política apesar da vontade política ser a solução desse problema que é cultural. Sabe-se que a Polícia Militar exerce duas funções: militar e policial em que a função militar, por razões históricas, sobrepõe-se a policial que é função civil causando uma sensação de distancia entre militar e sociedade civil, mesmo convivendo no mesmo ambiente. Portanto a sonhada aproximação Polícia Militar e sociedade não é física, essa aproximação já existe há muito tempo. Alguns comandantes, atualmente até insistem fazer paradas militares no centro das cidades com propósito de promover a aproximação de Polícia Militar e sociedade civil. Não percebe que a aproximação Polícia Militar e sociedade é a aproximação de sentimentos comuns, que ainda não existem. E para isso acontecer são necessários policiais militares e sociedade compartilharem a mesma situação de convívio social, sob o mesmo ponto de vista, o que o militarismo impede, pois torna o policial militarizado um ser estranho no seio da comunidade, não por se comportar diferente, mas porque o próprio militarismo em si é uma doutrina diferente e torna os seus membros também diferentes, tanto fisicamente como na mentalidade, devido os diferentes universos que fazem parte, militar e civil, dentro do mesmo espaço social.

Não há como haver uma aproximação mais próxima, polícia militar e sociedade no plano do sentimento comum, nessa situação, pois os modos de vida são completamente diferentes. Isso impede o entrosamento compartilhado fidedigno militar e civil.

É a igualdade de sentimento diante de um mesmo universo de convívio social sintonizados, com tratamentos iguais entre os membros dos diferentes grupos, que provoca a sensação de igualdade entre as pessoas dos diferentes grupos sociais.

Brasil de hoje, de acordo com o contexto histórico do passado, se distanciou com grande transformação para o futuro que é o presente, no entanto conserva resquícios prejudiciais despercebidos no tecido social, no que diz respeito a segurança pública, importante para o funcionamento correto das instituições no todo e o bom desempenho democrático. É nesse sentido que o modelo da principal policia do país tem se tornado um obstáculo na segurança pública. O fato do militarismo da Polícia Militar ser mais forte do que a função policial deixa o homem mais militarizado do que cidadão de fato.

Há de observar que nos paises onde o policiamento comunitário deu certo a função policial prevalece sobre a militar, o que cria uma sensação de igualdade entre o cidadão civil comum e o policial, efeito contrário quando o militarismo prevalece.

A falta de estudos mais apurado na área de segurança pública, no Brasil, nesse sentido, para detectar e orientar as medidas tomadas de acordo com esses detalhes impede de dar certo as políticas públicas da área da segurança.

Enquanto isso em muitas localidades do Brasil afora, o crime toma conta e os criminosos já não se contentam com o poder financeiro que conquistaram, agora almejam poder político dentro das comunidades. “AVANTEBRASIL”.



“FÉ E LUTA”

10.5.09

UNIFICAÇÃO DAS POLÍCIAS

De todas as propostas na área de segurança pública no Brasil a mais complicada, sem dúvida, é a chamada unificação das polícias militar e civil. A unificação das polícias pode dar certo, do ponto de vista físico, mas o resultado esperado desse procedimento institucional é uma fantasia.

A razão são as mais diversas, a começar pela origem das duas instituições policiais. Mesmo que tenham operacionalmente os mesmos objetivos, Polícia Militar e Civil são de natureza diferente, quanto à representação social que exercem e funcionamento interno.

Como unificar duas instituições sendo uma militar e a outra civil? Uma segue uma doutrina regimental militar e a outra a democrática. Isso sem considerar outros dispares, que faz essas duas instituições muito diferente uma da outra.

Os idealizadores desse projeto são políticos, não conhecem as verdadeiras realidades tradicionais das duas corporações, os especialistas não sabem do dia-dia da vida militar e os militares consultados a respeito são os mesmos que ocupam cargos de confiança no governo e só falam politicamente sobre o assunto. Portanto, quanto à unificação das policias, não há opiniões ou ponto de vista verdadeiro, pelo menos demonstra o que aparece na mídia e consta em documentos como base de possíveis projetos na área de segurança pública.

O mais grave é que os governadores não estão preocupados em fazer a unificação com integração, único jeito de funcionar pelo menos em parte, mas desfiguraria aos poucos as características istitucionais da Policia Militar, o que faz ter muita resistência por parte dos oficiais superiores.

Unificação com integração seria a unificação física das duas instituições e a igualdade de direito dos policiais militares e civis, principalmente a questão disciplinar e salarial. Não há como fazer uma verdadeira unificação sem alterar procedimentos estatutários e operacionais.

É importante citar, que a policia Civil e Militar sempre agiram em conjunto ao ponto da população, muitas vezes confundir quem é militar ou civil. É sabido que o propósito da sonhada unificação, para os políticos, é sincronizar o máximo os procedimentos operacionais das duas polícias como se fosse uma. Ora, senhores, duas instituições são duas instituições; mesmo que estejam juntas em todas as operações de segurança, sempre vai haver entre os seus membros, de menor ou maior graduação, a sensação de estar trabalhando com um outro.

A unificação das polícias Militares e Civis só tem relevância, considerando os resultados, se tiver caráter de transição para a formação de uma única polícia. Mas percebe-se que em havendo previamente procedimento transitório para esse processo, as dificuldades serão maiores pela resistência de alguns teóricos e dos oficiais superiores sobre a questão. Estes sustentam que deviria ser preservado as tradições das Policias Militares.

Pelo visto precisa-se de muita vontade política para levar adiante um projeto desse porte. Enquanto não acontece a verdadeira unificação com integração das duas policias apenas medidas tímidas de unificação física se arrastam. Os governos acreditam que somente construindo prédios e colocando as duas instituições para trabalharem juntas é suficiente. E os oficiais superiores apóiam, porque não querem modificações na Polícia Militar, não querem perder privilégios. “AVANTEBRASIL”.



“FÉ E LUTA”

4.5.09

SE FAZENDO DE VÍTIMA

O ser humano observando os outros animais aprendeu grande parte dos truques de sobrevivência na natureza evolutiva. Ao longo dos tempos copiou estratégia de defesa, que aliado o recurso da inteligência aperfeiçoou e modificou, adaptando-se a diversas situações. Assim as medidas de defesa do ser humano se tornaram astutas, adequada para serem aplicadas a muitas situações justas ou não.

Uma dessas estratégias aperfeiçoadas modificadas e refinadas; e atualmente muito usada pelos marginais é o método de se fazer de vítima.

Certo dia um policial militar praça se encontrava de serviço num posto policial fixo num bairro distante, quando um elemento drogado, conhecido, de aproximadamente vinte e cinco anos, passou em frente ao posto, urinou diante do policial e a chamava para tocar na sua genitália. Não se contentando, depois do que fez, tentou empurrar o praça. O praça que não era bobo nem nada deixou caracterizar tentativa de agressão e desacato para agir. Diante da situação deteve o elemento, que apesar de reagir á prisão, não tinha porte físico capaz de dar muito trabalho. Até então o episódio transcorria normalmente; quer dizer, normalmente para o desenrolar da ocorrência. Mas o citado elemento morava próximo ao posto policial e seus familiares, informados do que ocorria com seu ente querido, correram entusiasmados para confirmar e pedir explicação. Até ai, também tudo bem.

Entre os familiares irmãos, irmãs, primos, tias também foi á mãe que ao chegar ao local, o filho detido se jogou nos seus braços em choro altíssimo como uma criança. Daí para frente à vizinhança e transeuntes que passavam pelo local tumultuaram-se na frente do posto, julgando haver grande confusão, por causa do choro do filho e a exteria da mãe, que repercutia em toda a área.

Nessas alturas, os familiares do citado elemento, que nunca acreditam na versão da polícia nesses casos, diante da confusão feita por eles mesmos, começaram acusar o policial de agredir seu ente querido e o elemento confirmava, enquanto mãe e filho abraçados dentro do posto policial choravam provocando grande alarde emocional de sensibilizar qualquer um que ouvisse do lado de fora o desenrolar da situação.

Conclusão: a viatura que foi solicitada para recolher o preso para a delegacia era a mesma que estava o oficial-de-dia, que ao chegar ao local recebeu da multidão e dos parentes desesperados, uma enxurrada de reclamações e acusações, contra o praça de serviço.

Resultado: o praça, antes vítima do elemento marginalizado, imediatamente passou ser inquirido pelo oficial como acusado de agressão, enquanto o infrator tornou-se vítima.

Desfecho: o praça foi substituído e conduzido para a sede do batalhão, detido até a segunda ordem. A mesma viatura que veio para conduzir o elemento preso, serviu para recolher o praça, detido.

O oficial de dia, também se sensibilizou com o teatro do elemento e o clamor dos familiares. E o público que ouvia tudo do lado de fora acreditou mesmo que naquele dia dentro daquele posto policial aconteceu um caso de tortura a preso.

Quem iria testemunhar a favor do policial? Se houvesse menor distância entre o policial e a população, talvez encontrasse alguém. É claro, o praça que cai num episódio enrascado dessa natureza depois poderá provar sua inocência, mas a que custo?

Essa é a justiça feita á base das emoções. Esse fato foi real. “AVANTEBRASIL”.



“FÉ E LUTA”.