DEBATES DE PRAÇAS

Esse espaço é dedicado a todos que lutam no dia-dia para manter com o sacrifícil da própria vida essa nação, mesmo não reconhecidos pelos esforços concedidos e da marcha em busca dos direitos que lhes são negados.

Parnaíba PI

8.9.08

POLÍCIA MILITAR E CIVIL DO PIAUÍ


Todos sabem dos disparates dentro do sistema de segurança pública no Brasil, mas, além disso, na cidade de Parnaíba um problema grave insiste acontecer.

A falta de sincronismo das atividades da Polícia Militar e Civil é um verdadeiro absurdo beirando a irresponsabilidade, quando criminosos presos em flagrante por policiais militares e entregues nas delegacias locais, as guarnições de patrulhas, responsáveis pela prisão, muitas vezes se vêem em meios a grandes dificuldades para agilizar a atuação em flagrante do criminoso pelas autoridades competentes das distritais, que não raros, se encontram presentes.

Em primeiro lugar os delegados escalados de plantão quase sempre não permanecem no local de trabalho ou mesmo disponíveis, pois muitas vezes, quando se faz necessário sua presença seu destino é ignorado e dar muito trabalho encontrar-lo, como se não estivesse de serviço.

Há alguns comissários que demonstram total falta de respeito ao trabalho dos policiais militares, que se sacrificam nas ruas, e algumas vezes ao receberem presos das guarnições liberam logo em seguida, por conta própria e por razões desconhecidas; muitas vezes já aconteceu de a mesma patrulha prender um criminoso e horas depois, antes mesmo de terminar o turno encontrar o mesmo elemento no mesmo lugar praticando o mesmo crime.

Apesar de chato e provocativo, esse problema não é novo. É do conhecimento do comandante do batalhão da área, da companhia local e até do comando geral que também estar informado dessa situação que no Estado do Piauí não é exclusivo de Parnaíba, pois acontece em muitas cidades do interior.

No entanto todos têm um pouco de culpa nessa questão.

Existe uma pressão do comando encima dos praças para mostrar mais serviço nas ruas, mas nessa situação torna-se impossível o bom resultados das ações positivas, por melhor que seja, pois o trabalho feito, muitas vezes é desfeito quando chega na delegacia onde não existe uma vontade equivalente para dar continuidade ao procedimento policial inicial determinado pelas circunstâncias do fragrante.

Se o comando quer que o trabalho dos praças, que estão nas ruas com uma folga de 24/48 horas trabalhadass e as vezes esse folga é quebrada para cumprir as metas operacionais, der o resultado esperado, precisa colocar esse problema na mesa para discussão e solução, envolvendo o delegado geral, o secretario de segurança e até o governador, por outro lado os praças também tem uma parcela de culpa, por não se queixarem formalmente, como forma de manifestar suas insatisfações, os quais são os mais prejudicados, depois da população, pois em certos casos se sentem totalmente desmoralizados e impotentes diante do criminoso e das facilidades que tem para voltar para as ruas sem responder pelo crime cometido e o sacrifício do trabalho feito é simplesmente reduzido a nada.

Tem se falado muito em integração das polícias por isso é essencial a resolução desse problema, que atualmente tem demonstrado-se muito incomodo, haja vista que os policiais militares dia a dia estão sendo mais cobrados por resultados positivos dos seus trabalhos no policiamento ostensivo, mas parece que os gestores da segurança pública, que estão dentro dos gabinetes, ainda não estão levando muito a sério que para o trabalho dos policiais militares dar resultado é preciso ter uma continuidade na Polícia Civil, ao contrário é tapar o Sol com peneira.

Dentro da caserna existe um chavão que diz o trabalho do policial militar termina quando entrega o preso no distrito para a Polícia civil, mas isso não exclui o direito do praça de ver o seu trabalho dar um bom resultado, aliás é por esse motivo que ainda existe motivação para continuar com o trabalho do dia-dia, trabalho que pode ser facilmente confundido com o sacrifício da própria vida, para proteger a sociedade alheia ao que acontece nos bastidores da Segurança Pública. “AVANTEBRASIL”.




“O BOM PROFISSIONAL MALTRATADO É UM PROFISSIONAL INSATISFEIT”.