No cenário geral da Polícia militar do Piauí muitos são os problemas que precisam de solução, mas um, que diz respeito aos direitos dos policiais militares praças, tem se mostrado grave e de urgente necessidade de resolução.
Para começar; na Polícia Militar do Piauí o relacionamento profissional entre Policiais Militares, praças, a instituição e o Estado, por mais que tentem fazer parecer, não caracteriza relação de empregado e empregador, pelo fato de não haver uma legislação do trabalho e folga ficando essa parte importante da vida dos praças, totalmente a mercê dos caprichos dos comandantes.
A ausência de uma legislação específica, para a carga horária de trabalho, faz esse relacionamento torna-se um verdadeiro tormento para os praças, que diante das dificuldades resultantes no dia-dia, não tem no que se apegar.
Nessa situação os comandantes se apegam a todo o tipo de artifícios para fazer parecer simpático suas ações aos olhos do público civil, nas atitudes tomadas no que diz respeito à escala, para demonstrar boa prestação de serviço a sociedade, com homens na rua, e com sacrifício de sangue no tocante aos direitos humanos dos praças que não existe, quando decretam por conta própria, sem observar a dignidade do homem, como necessidade de serviço qualquer evento extra fora da escala normal como futebol, cobrir a falta de alguém, cumprir ofícios com pedidos de policiamento que chegam de última hora. No litoral do Estado, na área do 2ª BPM; para os praças lotados na 1ª companhia de Parnaíba a aproximação de certas datas do ano representa verdadeiros tormentos como carnaval, festas juninas, férias de julho, natal e ano novo; quando a minguada folga de 24/48 horas é quebrada baseada unicamente na vontade pessoal do comandante para cumprir a demanda operacional, sem nenhum direito garantido, em contrapartida do sacrifício, como o pagamento de hora extra e a opção do voluntariado. Intencionalmente ou não, o sistema institucional estar montado assim, e a escala de serviço é transformada num monstro que não reconhece a dignidade de ninguém. Os praças são submetidos a serviços extras sem nenhuma consulta como se fossem autômatos. Total desrespeito aos profissionais que o governo, por razões eleitorais, comumente insiste em chamá-los de policiais cidadãos, como se os direitos de cidadania do policial militar praça fosse respeitado. Os praças do Piauí são os únicos cidadãos sem cidadania, inédito no mundo.
E diante dessa situação, dos praças da policia militar do Piauí, em pleno século 21, as autoridades não parecem nenhum pouco preocupadas com suas situações profissionais, se contentam a cobrar destes o cumprimento para com os criminosos, de direitos que lhes são negados. Lamentavelmente ainda não a nenhum debate no sentido de regulamentar a escala de serviço da Polícia Militar do Piauí. Ano 2009, mas a Polícia Militar do Piauí estar na idade da Pedra.
Nada será resolvido na segurança pública enquanto não atentarem que a boa polícia é o homem em estado de satisfação profissional e pessoal o que gera a vontade de cumprir, a todo modo, mesmo diante das dificuldades, a sua missão. “AVANTEBRASIL”.
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