DEBATES DE PRAÇAS

Esse espaço é dedicado a todos que lutam no dia-dia para manter com o sacrifícil da própria vida essa nação, mesmo não reconhecidos pelos esforços concedidos e da marcha em busca dos direitos que lhes são negados.

Parnaíba PI

4.5.09

SE FAZENDO DE VÍTIMA

O ser humano observando os outros animais aprendeu grande parte dos truques de sobrevivência na natureza evolutiva. Ao longo dos tempos copiou estratégia de defesa, que aliado o recurso da inteligência aperfeiçoou e modificou, adaptando-se a diversas situações. Assim as medidas de defesa do ser humano se tornaram astutas, adequada para serem aplicadas a muitas situações justas ou não.

Uma dessas estratégias aperfeiçoadas modificadas e refinadas; e atualmente muito usada pelos marginais é o método de se fazer de vítima.

Certo dia um policial militar praça se encontrava de serviço num posto policial fixo num bairro distante, quando um elemento drogado, conhecido, de aproximadamente vinte e cinco anos, passou em frente ao posto, urinou diante do policial e a chamava para tocar na sua genitália. Não se contentando, depois do que fez, tentou empurrar o praça. O praça que não era bobo nem nada deixou caracterizar tentativa de agressão e desacato para agir. Diante da situação deteve o elemento, que apesar de reagir á prisão, não tinha porte físico capaz de dar muito trabalho. Até então o episódio transcorria normalmente; quer dizer, normalmente para o desenrolar da ocorrência. Mas o citado elemento morava próximo ao posto policial e seus familiares, informados do que ocorria com seu ente querido, correram entusiasmados para confirmar e pedir explicação. Até ai, também tudo bem.

Entre os familiares irmãos, irmãs, primos, tias também foi á mãe que ao chegar ao local, o filho detido se jogou nos seus braços em choro altíssimo como uma criança. Daí para frente à vizinhança e transeuntes que passavam pelo local tumultuaram-se na frente do posto, julgando haver grande confusão, por causa do choro do filho e a exteria da mãe, que repercutia em toda a área.

Nessas alturas, os familiares do citado elemento, que nunca acreditam na versão da polícia nesses casos, diante da confusão feita por eles mesmos, começaram acusar o policial de agredir seu ente querido e o elemento confirmava, enquanto mãe e filho abraçados dentro do posto policial choravam provocando grande alarde emocional de sensibilizar qualquer um que ouvisse do lado de fora o desenrolar da situação.

Conclusão: a viatura que foi solicitada para recolher o preso para a delegacia era a mesma que estava o oficial-de-dia, que ao chegar ao local recebeu da multidão e dos parentes desesperados, uma enxurrada de reclamações e acusações, contra o praça de serviço.

Resultado: o praça, antes vítima do elemento marginalizado, imediatamente passou ser inquirido pelo oficial como acusado de agressão, enquanto o infrator tornou-se vítima.

Desfecho: o praça foi substituído e conduzido para a sede do batalhão, detido até a segunda ordem. A mesma viatura que veio para conduzir o elemento preso, serviu para recolher o praça, detido.

O oficial de dia, também se sensibilizou com o teatro do elemento e o clamor dos familiares. E o público que ouvia tudo do lado de fora acreditou mesmo que naquele dia dentro daquele posto policial aconteceu um caso de tortura a preso.

Quem iria testemunhar a favor do policial? Se houvesse menor distância entre o policial e a população, talvez encontrasse alguém. É claro, o praça que cai num episódio enrascado dessa natureza depois poderá provar sua inocência, mas a que custo?

Essa é a justiça feita á base das emoções. Esse fato foi real. “AVANTEBRASIL”.



“FÉ E LUTA”.

2 comentários:

+ 1 Sol disse...

Já passei por muitas situações semelhantes a essa, e posso afirmar que nunca, em hipótese alguma,o policial deve contar com a credibilidade que lhe é outorgada por sua profissão. O que por sí só, já representa um paradoxo. O policial militar, uniformizado, representa a administração pública, e todas as suas atribuições.

Então, por quê não somos respeitados?

Seria por causa do descrédito conquistado pela administração pública, quando perpetua modelos falidos de gestão da segurança pública?

Seria por causa da repercussão dos atos degenerados , oriundos da fétida "banda podre", que se oculta por trás dos muros das nossas unidades operacionais?

Seria devido ao fato de nossa sociedade estar sendo influenciada pela mídia, que reflete um "clima de revanchismo", contra órgãos, setores, e corporações que de alguma forma serviram à "máquina repressiva" , durante nossos "anos de chumbo"?

Seja qual for a derradeira resposta, ao policial não resta espaço para devaneios. É sim ou não. Certo ou errado.

Para não errar, resta ao policial não agir.

Jusmilitar disse...

PARABÉNS PELO TRABALHO DESENVOLVIDO PARA MELHORIA DA QUALIADE DE VIDA DAS PRAÇAS. ESTAREI DISPONIBILIZANDO UM LINK DO SEU SITE NO JUSMILITA. APROVEITO A OPORTUNIDADE E FAÇO CONVITE PARA NOS VISITAR: www.jusmilitar.blogspot.com