DEBATES DE PRAÇAS

Esse espaço é dedicado a todos que lutam no dia-dia para manter com o sacrifícil da própria vida essa nação, mesmo não reconhecidos pelos esforços concedidos e da marcha em busca dos direitos que lhes são negados.

Parnaíba PI

1.5.08

POLÍCIA MILITAR DO PIAUÍ

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A Polícia Militar é uma instituição do Estado criada para a manutenção da ordem pública, como função principal, no serviço de segurança preventiva. Desde quando fora criada, passada por várias denominações na História, a mais de um século e meio, poucas foram às mudanças feitas internamente; e de trinta anos para cá, nenhuma, enquanto as instituições do país e a sociedade galgaram profundas modificações na mentalidade, na ética e nas leis.

A Polícia Militar se transformou numa ilha isolada em meio à democracia e os direitos humanos, mentalidades que dominam o contexto social atualmente. Seu caráter militar, inflexível sobre a sua missão de segurança pública e o pouco interesse do governo e da própria cúpula da instituição em fazer uma reforma estrutural com criação e mudanças de leis que regulam o funcionamento interno, estar prejudicando a eficiência do objetivo principal da corporação, tanto interno como externamente. O resultado é o que todos enxergam, mas fazem de conta que não vêem: uma instituição importante no contexto social, mas atrofiada e manca nas suas atitudes e sem força para exercer com eficiência sua legítima missão constitucional.

Nos últimos tempos, com as mudanças sociais e no campo do direito, com a incorporação de novas mentalidades, surgiram naturalmente, entre os praças, interrogações de problemas que sempre existiram, mas só agora tornaram-se mais evidentes, apesar de terem respostas, mas não fazem parte de nenhum plano de metas do governo Estadual, para a solução; é até provável que alguns deles sejam desconhecidos para o governo, não por não ser informado, mais por falta de interesse nessa categoria de profissionais da segurança pública.

Diante dessa situação, muitos são os problemas que atingem diretamente os praças da Polícia Militar do Piauí. E pouco são os interesses para resolvê-lo.

É bem sabido que existe uma política diferenciada de tratamento do Estado para com a Polícia Militar, dentro da própria polícia, quando são praticados agrados para com os oficiais a fim de que se esforcem para manter a qualquer custo, usando o ultrapassado regulamento disciplinar, o controle dos praças para que permaneçam calados diante da negativa dos seus direitos, haja vista que alguns deles não concordam com esse método maquiavélico.

Ultimamente, vem acontecendo um fenômeno silencioso entre os policiais militares, que trabalham diretamente nas ruas. Nunca esses policiais foram tão cobrados, o que é bom, no entanto, o público externo, pouco sabe de uma contradição que não quer calar. Enquanto são orientados efetuarem prisões, de criminosos, de acordo com os direitos humanos, que é uma coisa boa, pelo outro lado seus próprios direitos são desrespeitados pelos seus comandantes. Atenção: “os policiais militares também querem ser beneficiados com esses direitos humanos”.

O policial que trabalha em contato com o público, não pode estar na rua depois de ser submetido, ou estar sendo submetido a uma situação de estresse, ou emocionalmente abalado devido a tratamento que recebe dos seus superiores hierárquicos desnecessariamente, por carga excessiva de trabalho, ou pelas condições imposta, mesmo tendo um treinamento para resistir pressões psicológicas. Não há estrutura psicológica que possa camuflar, deixar de transparecer nas atitudes o desrespeito a dignidade. Pode acarretar um mal desempenho de um bom serviço. Como ser humano que é o policial militar também estar sujeito a comportamentos inadequados, por melhor que tenha personalidade ilibada, causados por tais situações que descarrega no seu emocional e agravado pelas obrigações de intervir, quando necessário, função sua, em ocorrências diversas que requer equilíbrio emocional.

O policial militar é um profissional de polícia sujeito ao regulamento militar, que lhe é imposto com todo rigor, o que é uma honra cumprir, quando aplicado corretamente. Mas é sabido que por falta de efetivo na Polícia Militar do Piauí, situação que se acumula durante muitos anos, existe um desvio de intenção na imposição do seu cumprimento, aproveitando-se da falta da liberdade de expressão e outras mais, para sacrificar o homem deliberada e desnecessariamente. Aqui acontece uma situação interessante, porém, maquiavélica, no que diz respeito escala de serviço, cujo a carga horária, por falta de uma legislação, fica inteiramente a mercê da vontade pessoal dos comandantes de batalhões, quando não excitam apertá-la para cumprir as metas operacionais. O argumento usado é a falta de efetivo. Por que o governo se interessaria resolver esse problema, se os comandantes têm o poder de amenizá-lo, quando coloca quinhentos homens para fazer o trabalho de mil. Em nenhuma hipótese o praça deve ser penalizado por esse problema que é do Estado criado pelo governo.

Resolver o problema segurança pública nesse país, significa dar um bom tratamento a esses profissionais que tem como função, lidar com pessoas e seus problemas, em ocasiões das mais difíceis, em fatos de diversas naturezas, que muitas vezes, pelas circunstâncias que apresentam, exigem habilidade de ação e negociação rápidas, podendo ou não, por falhas desses profissionais, o que não pode acontecer, representar a diferença entre a vida e a morte.



“O BOM PROFISSIONAL MALTRATADO É UM PROFISSIONAL INSATISFEIT."

2 comentários:

Anônimo disse...

Faço comentario sobre os fatos existentes no blog, vejo diante deste, manifestações verdadeiras e que precisamos avançar, pois as leis que regem as corporações estão ultrapassada, não podemos compartilhar com um seguimento que ora é direito de todos, onde as mesma leis que regem as instituições não são feitas só para os oficiais, mas para todos que fazem parte das proprias entidades, lamento por tudo que nos passamos, mais é preciso salientar que nós somos os culpados, nós esquecemos que antes de sermos militares, somos cidadãos, portanto, precisamos envolver o orgão fiscalizador no ambito da segurança publica (Ministerio Publico), assim seremos respeitados, até porque a instituição é formada por homes abnegados e são tutores dos direitos fundamentais inscritos na carta magna do país.
Atenciosamente.

Geraldo do Nascimento Filho - Cb PM /Policia Militar de Sergipe

Anônimo disse...

COMPLEMENTANDO O RACIOCÍNIO, DIGO QUE VOSSA SENHORIA TÊM RAZÃO, E NÃO E SÓ O REGULANTO INTERNO QUE NOS AMARRA, OS PRAÇAS DAS POLÍCIAS MILITARES, PRINCIPALMENTE DO PIAUÍ, A QUAL FAÇO PARTE, ESTÃO TOMADOS POR UM COMODISMO RESULTANTE DE SUCESSIVOS TREINAMENTOS EMBAIXO DA RÍGIDA DISCIPLINA, HIERARQUIA E A VELHA ORDEM UNIDA QUE TRANSFORMA COMPLETAMENTE O HOMEM, TORNANDO-OS UMA ESPÉCIE DE MÁQUINA HUMANA PRONTA APENAS PARA RECEBER ORDENS E CONDICIONADOS PARA SOFRER SEM RECLAMAR; ACOBERTADO PELA HARMONIA QUE O PÚBLICO CIVIL NÃO ENTENDE A VERDADEIRA FACE, MUITOS PASSAM A VIDA TODA SE APOSENTAM E NÃO PERCEBEM OS EFEITOS DO PROCESSO O QUAL FORAM SUBMETIDOS EM INSTRUÇÃO.

É PRECISO DESPERTAR E REIVIDICAR O QUE TEMOS DIREITO, MESMO QUE O PREÇO SAIA CARO, OU VAMOS PASSAR O RESTO DA VIDA RECLAMANDO SEM RESULTADO ALGUM.

TUDO A NOSSA VOLTA ESTAR SE TRANSFORMANDO A A POLÍCIA MILITAR PERMANECE A MESMA, POIS OS CORONEIS NÃO QUEREM PERDER PREVILEGIOS.

QUANTO ENVOLVER OUTRAS INSTITUIÇÕES NA NOSSA CAUSA SERÁ UM TANTO DIFÍCIL, MAS QUEM SABE, POIS ATUALMENTE NÓS POLICIAIS MILITARES PRAÇAS ESTAMOS SOFRENDO UMA ESPÉCIE DE DISCRIMINAÇÃO INSTITUCIONAL VELADA, QUANDO A SOCIEDADE INFLUENCIADA POR MENTALIDADES RETÒGRADA PASSOU A VEREM OS PRAÇAS COMO CIDADÃOS DE SEGUNDA CLASSE.