DEBATES DE PRAÇAS

Esse espaço é dedicado a todos que lutam no dia-dia para manter com o sacrifícil da própria vida essa nação, mesmo não reconhecidos pelos esforços concedidos e da marcha em busca dos direitos que lhes são negados.

Parnaíba PI

7.6.08

POLÍCIA COMUNITÁRIA

Hà dezesseis anos ouço falar de polícia comunitária, mas no meu Estado até hoje não existe nenhum serviço que caracterize essa modalidade de policiamento. Vez por outra o governo toca nesse assunto, promete implantação distrubui cursos e fica tudo como antes.

Aqui falo apenas sobre o meu Estado, porque não conheço essa realidade nas outras polícias militares.

Digo que fazer policiamento comunitário não se resume, somente em oferecer cursos para os praças sobre esse assunto e mandá-lo para as ruas, como fazem. Colocar retalho de pano velho num tecido novo não dar certo. O policiamento comunitário é um policiamento de ponta que para funcionar corretamente, o praça, como executor da atividade fim, precisa no mínino de motivação.

Fazer policiamento comunitário não significa apenas ter vontade, é sem dúvida à inclusão do policial militar num sistema melhorado, diferente do que é acostumado. Para isso é preciso modificar o homem nos seus sentimentos, para alta estima, para se tornar um agente modificador, que por sua vez, amparado num sistema que der valor as suas aspirações de cidadão informado e pleno de direito, como qualquer outro, esteja pronto para cumprir com dignidade a sua missão.

Estar claro que a estrutura policial militar, aliado a insatisfação, dentro das corporações, baixa estima profissional, não dar condições para projeto de essa envergadura acontecer com sucesso dentro de um sistema de segurança público sem sincronismo com a realidade em que a polícia militar estar, totalmente fora do contexto social, quanto à compatibilidade com a sociedade civil.

Aqui menciono a situação dos direitos básicos dos praças que não são respeitados dentro das instituições policiais militares. Esse fator é um grande empecilho para esse tipo de realização, porque gera uma dicotomia grave e cria uma linha que separa o civil do militar numa sociedade onde essa linha sempre existiu, e se torna cada vez mais tensa, à medida que os direitos dos cidadãos se ampliam e dos policiais militares permanece estático, numa grande distância entre si e conseqüentemente forma duas categorias de cidadãos.

Enquanto o policial militar praça não tiver seus direitos iguais aos dos cidadãos que são obrigados defenderem, para gerar um pensamento comum, não haverá clima para integração policiais militares e comunidades, princípio básico do policiamento comunitário, porque um é o oposto do outro. Integração só existe quando há compatibilidade entre grupos, classes ou organizações que compartilham do mesmo sentimento de cidadania.

Fazer policiamento comunitário, como manda as regras básicas, para dar certo, significa por abaixo toda a estrutura viciada atual de todos os órgãos que faz a segurança pública, preparar o sistema para receber uma peça nova. É preciso ser montado suportes de apoio para o policial que estar na rua, que por incrível que pareça, estar largado a própria sorte, estressado e confuso vítima do desajuste governamental da segurança pública, a que pertence.

Planejamento, ação, integração com a comunidade, comunicação, informação e direitos humanos parece ainda ser uma meta difícil de alcançar, se o policial militar, praça, não for incluído como peça principal no plano do policiamento comunitário.

Caminhar por um terreno onde só os outros tem direitos é uma tentativa arriscada demais para o praça colocar o pé e oferecer o melhor do seu trabalho.

Por isso, digo que o policial militar praça, para cumprir corretamente a lei, de acordo com os direitos humanos, e não ser vítima dessa mesma lei, porque aumenta o seu grau de risco, precisa desse suporte de apóio, tanto dos seus superiores hierárquicos, como das demais instituições que compõe o sistema de segurança pública; como o judiciário e legislativo que muitas vezes se comportam como se não fizesse parte dessa grande responsabilidade. Digo apóio dadas as circunstâncias, a qual grupos antepolícia, apoiados em ONG se lançam contra policiais, a primeira vista de qualquer ocorrência, para acusá-lo prejugadamente. São pessoas que para encontrar justificativa numa ação policial, que num confronto, resulte, em criminosos feridos, ou em óbito, acham que o policial, também, tem que sair lesionado, ou morto.

Uma dada vez uma pessoa lançou a seguinte interrogação. “Nos países de primeiro mundo, principalmente os europeus, quando um policial, na sua função é agredido, ou desacatado, simplesmente chama reforços e prende o criminoso da melhor maneira possível com a preocupação para não machucá-lo”.

Digo que isso é o correto, é o mesmo que devíamos fazer aqui no Brasil, mas cito que a realidade daqui é absurdamente diferente em todos os sentidos, pois esses policiais trabalham para um sistema, onde suas ações encontram amparo nos suportes do próprio sistema do Estado, por isso não se preocupam, não se irritam, não agridem, porque sabem que o criminoso que prenderam vai responder na justiça de acordo com o crime cometido. Isso significa que o Estado defende a dignidade do policial. Ao contrário, no nosso sistema de segurança pública, que além da estrutura básica dentro das polícias não funcionarem direito, as leis são cheias de benefícios para os criminosos, que mais parecem que foram feitas para incentivar o crime. Não que defendo a agressividade policial, é claro, mas o policial Brasileiro, quando faz igual ao exemplo acima, além de ser desmoralizado em público, pelo criminoso, também vai ter que sofrer outra humilhação de ter que ver o criminoso ser solto na sua frente, legalmente na delegacia, e ainda rir da sua cara, sem poder fazer nada. Isso é mais uma situação contraditória que o atraso da mentalidade dos nossos legisladores impõe as circunstâncias da profissão policial e os mentores da segurança pública, que estão no topo do sistema, sem se importar com quem estar em baixo, e trabalham a reboque de opiniões de ativistas que estão mais comprometidos com as suas emoções. Assim quero dizer que muitas vezes, o policial usa da força excessiva porque estar defendendo a sua dignidade, que seria o papel do estado, porque não tem mais ninguém a quem recorrer. Esse ainda é um país que muitas das vezes o policial conduz o criminoso em fragrante para uma delegacia já sabendo que o seu trabalho, o qual arriscou a vida, não vai dar em nada. Isso é um fator de desmotivação profissional que os policiais têm que enfrentar no dia-dia, pior ainda para os policiais militares, praças, que não tem a liberdade sequer de apontar esse erro, que vai de encontro a sua moral e integridade de pessoa humana.

Os policiais militares, praças, querem polícia comunitária, querem direitos humanos, mas querem também suporte de apóio jurídico, moral e logístico para que tudo isso aconteça, sem atropelar sua dignidade em detrimento da do criminoso, fulminando assim a inversão de valores que bate a porta, dado às circunstâncias da interferência dos movimentos ativistas atuais, que fazem sempre serem visto como vítimas. As grandes decisões tomadas em gabinetes são importantes, mas muitas melhorias na segurança pública, só podem ser feito a partir de iniciativas próprias de quem executa o trabalho policial na ponta, e que são os únicos que vêem os verdadeiros problemas de perto.

Enquanto espera a realidade chegar, a polícia comunitária permanece apenas nas promessas dos políticos. Não adianta impor essa real e boa intenção, ao nosso sistema caótico de segurança pública, como estar, porque não se encaixa. "AVANTE BRASIL".


"O BOM PROFISSIONAL MALTRATADO É UM PROFISSIONAL INSATISFEIT".

3 comentários:

Anônimo disse...

ae amigo tudo bem? aquela ideia vai dar certo. to aprontando o material... depois eu mando pra você. ok?

Anônimo disse...

Ola companheios, boa tarde!
Pela primeira vez visito esta página, e gostei bastante apesar de não esta com tempo suficiente para continuar a leitura.
O meu comentário é que somos proficionais formados pela istituição: POLÍCIA MILITAR e somos desvalorizados e desacreditados pela própia POLÍCIA MILITAR.
Falo a pricípio de um armamento que se emcomtra guardado e não entregam a ninguem, por dizem os comandantes que não sabemos manuzeala.
Vêr se pode?
Não são eles nossos estrutores?

Antônio disse...

Olá prezado. gostaria de saber a quantas andas os trabalhos de polícia comunitário em sua cidade?

Antônio Fernandes
capronassp@gmail.com